sábado, 23 de maio de 2009

ENTRE A SOMBRA E A ESCURIDÃO

Meu desejo é chorar
Pela vida que não tive
Pela vida que sonhei
Pelos sonhos destruídos
Pelos meus sonhos destruídos
Pelo ódio que em mim nasce
Pelo ódio que em mim vive
Pelo desejo de matar
Pela não coragem de matar
Sou fraco
Sou fraco
Sou fraco
Meu desejo é chorar

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O DEMÔNIO ME PERSEGUE

De dia
Ou de noite
Sempre sozinho

De dia
Ou de noite
Sempre cantando

De dia
Ou de noite
Sempre chorando

De dia
Ou de noite
Sempre sonhando

De dia
Ou de noite
Sempre meus sonhos são destruídos

De dia
Ou de noite
Eternamente meus sonhos serão destruídos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

AQUI

Sentado no meio do nada
Silêncio
O vento passa
Em silêncio
Nenhum som
Nenhuma vida
Ninguém

Sentado no meio do nada
Cantando
O vento passa
Cantando
Todos os sons
Todas as almas
Ninguém

Sentado no meio do nada
Sozinho
O vento passa
Sozinho
Todos os sons
Nenhuma vida
Alguém

domingo, 10 de maio de 2009

SOZINHO

A solidão por mim clama
Numa melodia fria
Num piano melancólico
Num redemoinho de sons
Em uma voz doce

A solidão por mim clama
Me isolando em seus sons frios
Hipnotizando-me com seu piano enfeitiçado
E com sua voz doce clamando minha morte

A solidão por mim clama
Arma fria na mão
Disparo melancólico
Sangue quente e doce
Um corpo caindo

A solidão por mim clama
Corpo frio no chão
Morte melancólica
Sangue e frio e doce
Meu corpo caído no chão

sexta-feira, 8 de maio de 2009

CANTANDO

Cantando, chorei
Perdas inestimáveis fizeram o que sou
Cantando, caminhei durante anos
Passei por desertos, atravessei rios, caí
Cantando, levantei
Todo machucado, caminhei, caminhei, caminhei
Cantando, sagrava
Rastros de sangue me seguiam
Cantando, me curei
Curei o corpo, mas não a alma
Cantando, cantando, me isolei
Fechei-me em um casulo. Transmutei
Cantando, cantando, renasci
Libertei minha alma, fiz-me livre
Cantando, cantando, danço
Danço, sinto o vento, sinto a música
Dançando, dançando
Morreria cantando